Contra todas a expectativas iniciais sob o covid-19, o setor imobiliário português conseguiu apresentar soluções e o mercado respondeu com confiança.

As obras de construção não pararam. Os preços mantiveram-se estáveis, a banca saudável. Deu-se o fim do Golden Visa nos grandes centros urbanos.

Viu-se um novo contexto habitacional a surgir, foram criadas novas necessidades: aumento no êxodo rural e na procura de moradias. Em 2021 verificou-se boas rentabilidade, tanto para investimento como para habitação própria, o último semestre de 2021 foi o melhor ano de sempre, tanto em vendas como em transações.

Para estes resultados contribuíram a baixa das taxas de juros e o aumento das poupanças, reflexo da pandemia. Outro fator que se verificou foi um salto gigante na digitalização no setor imobiliário, no último ano duplicou-se o número de imóveis com serviços multimédia, por exemplo, as visitas virtuais.

Mas afinal, o que vai fazer o Imobiliário continuar a crescer em 2022?

Apesar do final da concessão de Vistos Gold nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e zona costeira, no fim de 2021, Portugal é um país atrativo para investir. Com diferentes tipos de soluções. Grandes grupos financeiros, fundos internacionais continuam e vão continuar a investir no nosso país. Em todos os segmentos do mercado os preços são mais baixos do que a maioria da Europa, e dos outros destinos internacionais.

Lisboa e Porto tornaram-se cidades globais, foram criados e impulsionados vários hubs tecnológicos. Devido à segurança e ao clima, Portugal é cada vez mais um destino apelativo para nómadas digitais, que podem escolher qualquer sítio do mundo para trabalhar e viver, mas optam por instalar-se no nosso país.

Com o investimento estrangeiro e o aumento do preço das casas nas principais capitais, tem vindo a assistir-se uma maior dinamização da nova construção nos arredores das grandes cidades, trazendo mais vida e dinamização dessas zonas.

Duas tendências que irão então acelerar em 2022 serão: o crescimento da nova construção, por parte das famílias, que procuram casas que correspondam às suas necessidades. E pelos investidores que fazem compra da 2ª habitação tanto em zonas turísticas como no interior.

A nova construção permite aos portugueses comprar mais o novo e menos o usado. Melhores preços, mais metros em zonas próximas aos grandes centros. Também irá existir mais construção de casas novas para arrendar, sobretudo para a classe média e os jovens. Devido ao novo diploma que dita que a construção passa a pagar apenas 6% IVA.

Também a compra de 2ª habitação, como já referido anteriormente, não só em zonas de praia, mas também no interior, e zonas rurais. Para descansar do “stress citadino” ou mesmo instalar-se a teletrabalhar.

Desta forma, iremos com certeza verificar novas oportunidades a surgirem, podemos dizer que se aguardam tempos de crescimento no setor imobiliário para o ano de 2022.

 

 


Equipa José Carlos Nunes